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1. |
A Velha Nova
04:44
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2. |
Tambores de Gaia
04:58
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Sim, eu quero sim
Os tambores de Gaia
Sim, eu quero sim
Os tambores de Gaia
Eu vim buscar, remédio
Eu vim buscar
Eu vim buscar, remédio
Eu vim buscar
Minha mãe tá enferma
Oyá, eu vim buscar
Minha mãe tá enferma
Oyá, eu vim buscar
Minha mãe tá enferma
Oyá, eu vim buscar
Minha mãe ta enferma
Oyá, eu vim buscar
A cura, a cura
A cura, a cura
Sim, eu quero sim
Os tambores de Gaia
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3. |
O Bem-Viver
06:32
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4. |
Portas e Janelas
04:26
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Portas e Janelas
Tenho paciência larga
E vontade de ferro!
Eu sou do povo, não nego
Bem se vê na minha cara!
Tenho paciência larga
E vontade de ferro!
Eu sou do povo, não nego
Bem se vê na minha cara!
Se meu coração dispara
Se por acaso me entrego
Eu sou do povo, não nego
Bem se vê na minha cara!
Só o sonho me embala
Só canto me liberta
Deixei a janela aberta
E a porta escancarada
Tenho paciência larga
E vontade de ferro!
Eu sou do povo, não nego
Bem se vê na minha cara!
Tenho paciência larga
Tenho paciência larga
Tenho paciência larga
Tenho paciência larga
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5. |
Espelhos
03:08
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Espelhos
Quando te olho, me vejo
Se te acuso, me atinjo
Quando te olho, me vejo
Se te acuso, me atinjo
Eu blasfemo, bostejo em frente a um espelho
E ele a sua vez me devolve em troco
Um doce reflexo cruel de mim mesmo
Eu blasfemo, bostejo em frente a um espelho
E ele a sua vez me devolve em troco
Um doce reflexo cruel de mim mesmo
Lua em gêmeos
Socorro
Somos gêmeos
Socorro
Se te mato, eu morro
Seu choro contido sufoca meu peito
Se te mato, eu morro
Seu choro contido sufoca meu peito
Se te flecho, eu sangro
E o sangue amargo que escorre
Em forma de pranto
Regando
Suave
Um solo
Rachado
Um ciclo
Fechado
Doloroso
Afago
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6. |
Teko Porã
06:08
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7. |
Pasárgada
03:56
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Pasárgada
Oh minha aldeia
Triste Bahia
Meu grão de terra
Do além mar
Meu Santo Antonio
Do gantois
Oh minha Santa Barbara
Iansã Francese
Ao revoar
Teu corpo solto
A levitar
Meu corta-jaca
Meu sabiá
Latina vila América
A minha casa
Fica no mar
Eu te convido
A navegar
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8. |
O Lamento dos Degolados
03:39
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O Lamento dos Degolados
Vem da noite escura da alma
Do negrume dos mortais, ó Deus
O lamento dos degolados
Ancestral, infinita dor
De um passado soterrado em mentiras e clamores vãos
Segue a procissão dos assassinos
Crucificando em teu nome meus irmãos
Ó Deus
Maldito seja o ferro em brasa
Santo minério convertido em grilhão
Em cela e alçapão
Miséria e solidão, ó Deus
Que não se esqueça, e não mais se aconteça o horror
Liberdade
Enforcada, escravizada, torturada, estuprada pela mão que beija a cruz
Ó luz do céu, brilhai em nós
Espadas e cavalos, cachorros encarniçados p'ra na mata nos caçar, ayay
Um lenço p'ras vergonhas, sua má-fé, sua peçonha para a mente aprisionar, ayay
Mas gira a roda viva do samsara e os mortos vão gritar
E viva, acesa a chama da vida que jamais se apagará
Nhanderu, nZambi, Ogun
Ayayayaya, mãe terra
Tenho meu canto p'ra te defender
Tenho meus ossos, meus anéis e meus remorsos
Tenho mãe, não tenho pai
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9. |
Bella Ciao
04:45
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10. |
Samba do Descobrimento
05:57
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Samba do Descobrimento
Cadê a mata nativa?
O progresso levou
Cadê o ouro das minas?
O progresso levou
Donde estas la plata de los Andes?
O progresso levou
Que herança maldita
O velho mundo deixou
Nos banquinhos da escola, pela historia oficial
Aprendemos as virtudes do nobre reino de Portugal
Que com bravura cruzou céus e mares
Deixando marujo seu lares
Pistoleiros, putas, padres, governadores e capatazes
Cadê a mata nativa?
O progresso levou
Cadê o ouro das minas?
O progresso levou
Donde estas la plata de los Andes?
O progresso levou
Que herança maldita
O velho mundo deixou
Vindo em turbulentas águas, entre matas e vielas
Chegam olhos cobiçosos, chegam naus e caravelas
Olhamos tão admirados
Navios aqui ancorados
Mercadores, mercenários, lobos - do - mar, capitães - do - mato
Essa terra estava à vista, nos negócios da conquista
Da bancada do congresso, no dourado altar da missa
Nos grandes mercados de carne
Já faz tanto tempo e ainda arde
Delatores, donatários, inquisidores, bárbaros selvagens
Cadê a mata nativa?
O progresso levou
Cadê o ouro das minas?
O progresso levou
Donde estas la plata de los Andes?
O progresso levou
Que herança maldita
O velho mundo deixou
Queima oca e quilombo, chora mãe sobre os escombros
Chora terra abandonada sob os pés dos novos donos
Colonos, corsários, piratas
Homens de terno e gravata
Jesuíta, advogado, psicanalista, psicopata
Imagina se eu chego na Europa como uma bela tropa e assalto o lugar
Rendez-Vous, vou fincar minha bandeira em terra estrangeira eu é que vou mandar
Pode logo avisando pro papa que é pra outra casa ele procurar
Que o grande castelo profano, vulgo Vaticano já ta pra alugar
Pega o povo faz tudo de escravo manda pra outro lado para trabalhar
Vale mais quem tem olho mais claro, cabelo dourado é outro patamar
Violenta a mãe e a filha separa a família em terra de ninguém
Tudo isso em nome do pai, e do filho, e do Espírito Santo, amém
E agora trás aquele mapa que com uma face eu vou dividir
Sua terra em cinquenta pedaços e pros meus amigos vou distribuir
E se um dia por sorte ou ironia o sol da liberdade aqui vier raiar
Ta tranquilo meu caro amigo, tem divida externa pendurada no bar
Pedro Cabral assassino, filho da puta ladrão
A ti dedico esse hino que sai do meu violão
Foste o primeiro bandido, dessa bandida nação
Te pintaram bonito, mas não esqueço não
Que eu sou filha das índias e filha das filhas da escravidão
Que eu sou filha das índias e filha das filhas da escravidão
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11. |
A Roda da Fortuna
06:22
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A Roda da Fortuna
A vida
É um fio de corda
Onde uma tece
A outra mede e a outra corta
A gira
Gira da grande roda
Que tudo rege
Tudo cerca, tudo engloba
"Do útero à cova, uma velha nova
O impulso, o instinto, o dilema, caverna da alma
Tudo tem sua hora, hora de nascer hora de morrer
Tempo pra plantar, tempo pra colher
O passo do tempo, o sorriso, o lamento
O fluxo, a queda, a força, o fado
A lei movimenta o instante, o momento
Do que não pode ser evitado
A vida
É um fio de corda
Onde uma tece
A outra mede e a outra corta
A gira
Gira da grande roda
Que tudo rege
Tudo cerca, tudo engloba
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12. |
A Peste da Dança
03:10
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13. |
Samba Eslavo 1
03:02
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